Numa destas noites quentes de verão, ela encontrou um cartão de natal que recebera a alguns anos atrás. Envolto num envelope vermelho, com selos que denunciavam a distância...
Ali naquele cartão, ele agradecia por ter entrando na magia de seu mundo e reforçava o desejo de ali permanecer.
Como num filme, ela ficou a lembrar de todas as situações inusitadas que aquela amizade um dia lhe ofereceu. Todas as confissões, as comemorações, as descobertas...
Mais tarde, ao cozinhar no dia seguinte, ela lembrou mais uma vez do dia em que cozinhou para comemorar a existência dessa amizade.
E assim foi se arrastando o dia, num clima de nostalgia, saudade e pesar. Talvez ali ela sentisse o quanto já havia se perdido e quantos elos se romperam daquilo que acreditavam ser indestrutível...
