
Durante essa semana uma situação envolvendo uma das alunas que cursaram a faculdade comigo - e digo assim, porque não se trata de ex-colega, ex-amiga- me fez repensar quanto a essa quase mantra dos dias atuais, que tanto ouvirmos por aí : Pratique o desapego.
É sabido que sou uma pessoa extremamente apegada as lembranças e as coisas concretas que me remetem a elas. Apegada a boneca de infância, aos diários de adolescência. Apegada a roupa perfumada que me leva de volta a data que por ironia não volta mais. Apegada as cartas, cartões e as mensagens que jamais sairão do meu celular.
E isso me faz bem. E o desapego então?
O que eu sugiro aqui, intuitiva e leiga que sou é o desapego de sentimentos negativos que carregamos ao longo dos dias... da vida. É o homicídio do orgulho ferido, das briguinhas antigas e infundadas.
É o esquecimento total daquele bom dia não respondido, daquela unica crítica que foi capaz de destruir toda uma relação. É o adeus a reprovação sofrida, ao sentimento de impotência diante de um problema que talvez nem exista mais.
Talvez seja esta a porta para dias um pouco mais leves. Talvez surja assim espaço para lembranças gostosas de momentos monótonos - e não menos importantes- que ficaram presos por aí, nas esquinas onde aconteceram, esperando a chance de poder existir em nossas lembranças.
Se o desapego é o segredo para uma vida mais feliz, comece a de despedir daquilo que não te soma nada e desapegue-se!