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sábado, 2 de julho de 2011

"Não é a distância que mede o afastamento."




Há alguns dias tenho pensado em como nossas vidas vão tomando rumos diferentes daquele que planejávamos, sonhávamos e desejávamos. Tenho pensado em como pessoas e coisas que nós, inocentemente, julgávamos que teríamos sempre ao nosso lado de repente não mais estão.
Não por acaso li uma frase de Antoine de Saint-Exupéry, autor da grandiosa obra O Pequeno Príncipe que dizia: "Não é a distância que mede o afastamento". E realmente não é... 
Tenho pessoas fisicamente distantes de mim, mas que ao mesmo tempo ocupam um espaço tão grande na minha vida que é como se estivessem ao meu lado. 
Li num blog que não me recordo qual que o que mede o afastamento é o esquecimento. Sábias palavras. Traiçoeiro que é, o esquecimento chega de mansinho, sútil e em pequenas doses. Esquecemos de dar um telefonema, esquecemos de parabenizar uma data, esquecemos de estender um convite e quando nos damos conta já estamos distantes demais para voltar sem grandes alardes, como se nada tivesse acontecido. 
Enquanto isso o esquecido sofre. Sofre não por o outro conseguir viver sem ele, mas sofre por saber que já não faz mais falta. Sofre por saber que na hora do brinde ele não foi lembrado. Sofre por saber que na hora do desespero ou da imensa alegria a presença dele não foi sequer cogitada, mesmo em silêncio. Sofre pela indiferença.
Talvez um dia o lado que esqueceu se dê conta e tente voltar ( se desejar), coisa que não será fácil para este também. Voltar nunca é fácil, implica um estado de consciência e aceitação que nem todos conseguem aguentar. 
E assim, entre esquecimento e afastamentos o tempo vai passando, a vida vai passando até chegar ao ponto de uma reaproximação ser quase impossível, pois, se não é a distância que mede o afastamento logicamente não será a presença física que mede a proximidade numa relação. 
O que nos resta então? Resta-nos zelar por aqueles que acreditamos ser realmente importantes demais para ficarem afastados de nós. Resta-nos um café no final de uma tarde, um e-mail, um telefonema, um cartão.
Resta-nos cuidar para nos mantermos presentes na vida do outro e para mantê-lo presente na nossa própria vida, independente de onde estejam, longe ou perto. Afinal, não basta estar do lado direito, é preciso estar do lado de dentro.

13 comentários:

leandroaleixo disse...

Isso claro que não!! Tem gente que está do nosso lado e está mais distnate que voce que nem conheço.rsrsrsrs!!!! Assim como tem gente que está um pouco mais longe e está perto de nos,mais com saudades e claro sempre!!!

@Francisquices disse...

O que escreveu esta certo... Pessoas estão mais distantes da gente. Outro dia eu estava pensando: Existem tanta tecnologia 'redes sociais' pra aproximar que acabamos ficando mais solitários. Cada vez existem 'comunidades virtuais' e a gente esquece do outro. Acredito muito nisso, que o que distancia é tudo aquele esquecimento... A própria indiferença.

O jeito é tentar resgata tudo de volta antes que esqueça o nome de quem sempre esteve ali do lado.

Paulão Fardadão Cheio de Bala disse...

Esse tipo de coisa, só o mamífero sabe o q é.

bia santos disse...

Eu não me esqueço de nada...

Tenho uma memória de elefante, às vezes gostaria de me esquecer de certas coisas...

O Árabe disse...

Belo post, Máh! Realmente, é preciso cuidar para que o afastamento não surja aos poucos e se instale em nossas vidas. :) Boa semana!

Dry disse...

Meu Deus q texto lindo..chorei ao ler, me fez refletir muito sobre tudo q estou passando..beijosss

O Árabe disse...

Boa semana. Aguardo o novo post! :)

Universo paralelo disse...

Boa noite, passei para conhecer um pouquinho do seu cantinho, adorei tudo aqui, voltarei, beijos

O Árabe disse...

Longas férias, não? :) Boa semana, aguardo o novo post.

Poliana Araújo disse...

Sabias palvras e totalmente verdadeiras, adorei seu geito de escrever. Seguindo me segue também!
http://territoriodascompradorasdelivro.blogspot.com/
bjsss

Natália Mylonas disse...

Claro q não. Voltei.
Ou não... hehehe...

beijos

Anônimo disse...

Menina... senti isso na pele, recentemente. Um relacionamento que começou via Orkut, veja só! Apesar da distância, a proximidade era imensa. Depois de vencer essa distância com duas longas viagens (eu, para o RS, e ele, para a Bahia) o cara entra numa nóia total e refuga. Uma hora fala em saudade e faz novo convite de reencontro, noutra hora diz que não tem certeza. Tudo isso depois de falarmos abertamente sobre as possibilidades futuras. E a distância, no meio disso tudo, usada como desculpa para o medo e/ou a falta de interesse.

Procurando frases na internet, deparei-me com essa de Exupéry. Certeira, fulminante. No meu caso, a distância existia, de fato. Mas é impressionante como eu sentia que ELA não era o problema real...

Unknown disse...

Olá,nossa adoro esse blog,só tem artigo bom,sempre que dá estou passando aqui,depois que meu amigo me recomendo nunca mais deixei de visitar,alguem sabe me falar se assim aqui é bom www.softwarecelularespiao.org ? abraços,assim que der eu volto pra comentar aqui no blog

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