

quinta-feira, 17 de junho de 2010
Fêmea Feminina.

quinta-feira, 3 de junho de 2010
Falando Bullying - Parte I

Tenho observado, para meu deleite, um grande movimento por parte da mídia em torno de uma temática que muito me atrai: bullying. Novos livros estão sendo lançados, episódios em séries “ de peso” como Lie to me, entrevistas no programa do Jô e um engajamento do Programas Altas Horas ilustram esse interesse no tema.
Em suma, falar de bullying está na moda.
E justamente por ser uma nova tendência, alguns importantes pontos precisam ser muito bem “ alinhavados”, revistos, discutidos e analisados. Tendo eu uma pequena propriedade no assunto, resolvi falar um pouquinho também.
Antes de tudo, é preciso definir o fenômeno que estamos tratando. Bullying é o conjunto de agressões físicas, verbais e morais expressas por meio de insultos, zombarias,, intimidação e até mesmo violência física sofridos por aquele que, de alguma forma apresenta características que destoam de um padrão pré-definido da maioria. Para se caracterizar como bullying, essas agressões precisam acontecer de modo sistemático e com o intuito de humilhar e constranger a vítima.
Essa definição básica me parece bastante pertinente, já que sob o efeito do entusiasmo com a nova palavra, percebo muita gente confundindo um comentário infeliz, uma brincadeira boba ou uma gafe com bullying. A diferença está na intenção e repetição do fato. Usar desses comentários que me violentam para me agredir, me insultar e me fazer parecer inferior sempre que possível, é bullying. Cometer uma gafe, uma fala infeliz e nunca mais a repetir justamente para não violentar minha moral e psíquico não é bullying. Percebo que estamos entrando numa " paranóia de 8 ou 80" sem necessidade.
Bullying não é brincadeira, é agressão. E sinceramente não acho que a linha que separa uma coisa da outra seja tão tênue assim. Acho que esse é um ponto primordial nessa discussão toda e que merece uma certa reflexão. Entender bem do que estamos tratando pode fazer toda diferença. Ainda existe muito a ser falado, debatido. Talvez eu volte com a parte II, parte III... ou talvez não.
O importante é não fecharmos os olhos para essa prática, não nos calarmos.